Quais são as tendências para o mercado de energia no Brasil em 2019?

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O mercado brasileiro de energia elétrica aguarda com expectativas os novos investimentos previstos para o setor pelo governo Jair Bolsonaro. Para diversos segmentos, são esperadas mudanças significativas como a expansão da produção de energia utilizando fontes renováveis apoiado pelo conceito de Ecossistema Energético, onde a tecnologia é utilizada como elemento fundamental no movimento de descarbonização e redução de emissão de gases nocivos ao meio ambiente.

Como a retomada da economia é prioridade ainda no primeiro semestre de 2019, os empresários da indústria energética estão otimistas com as novas possibilidades de crescimento no setor, além da defesa de uma menor intervenção do Estado nas suas operações.

No texto de hoje, vamos acompanhar agora quais são as principais tendências para o mercado energético em 2019 e para os próximos anos no Brasil.

Principais tendências no setor energético brasileiro para os próximos anos

Antes de ser definitivamente eleito, o presidente Jair Bolsonaro anunciou suas propostas a respeito do que pretende fazer para o mercado energético brasileiro. A agenda para o setor elétrico inclui redução das tarifas, avaliação dos subsídios nas contas de luz, análise da possível privatização da Eletrobrás e aprimoramento do marco regulatório do setor elétrico.

Além disso, foi apontado o déficit de geração das hidrelétricas, visando o reequilíbrio estrutural de regras de compartilhamento de riscos entre as usinas hídricas MRE (Mecanismo de Realocação de Energia), e a revisão dos modelos de operação e formação de preços do setor de energia.

Segundo o atual Ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, até 2027 serão investidos R$ 1,8 trilhão de reais no setor energético brasileiro, visando a expansão dos recursos renováveis e combustíveis fósseis e construção de usinas a gás natural, e sistema de geração de energia solar e eólica.

O novo Ministro defende ainda a transição de fontes de energia tradicionais para renováveis, como o gás natural, como força principal na matriz energética do país sob a justificativa de que, no futuro, este recurso será a principal fonte de energia utilizada graças à expansão do pré-sal.

Vejamos agora outros pontos importantes para ficar de olho no mercado energético nos próximos meses.

Investimento em energias renováveis

O Brasil possui um extenso pólo de energia renovável bastante atrativo e facilmente adaptável, onde é possível produzir energia elétrica por meio de diferentes fontes para, posteriormente, adicioná-la em sua matriz.

Para 2019, está previsto ampliar a participação de fontes renováveis em abundância no país (solar e eólica) tornando- as matrizes energéticas, como também o aumento do consumo e expansão da biomassa e gás natural como principal fonte de energia.

Esses investimentos vão servir como alternativas as hidrelétricas. Com a ausência de chuvas regulares, as regiões que mantém usinas hidrelétricas acabam tendo sua produção prejudicada e não conseguem atender a demanda.

Neste cenário, abrem-se a possibilidade de construção de usinas termelétricas de gás natural e biomassa que, além de produção de energia limpa, os custos para construção e manutenção são inferiores aos da hidrelétrica.

Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para geração de energia

Como vimos anteriormente, as fontes renováveis de energia serão ampliadas no país nos próximos meses, e para isso, é certo o aumento nos investimentos em pesquisas a fim de desenvolver produtos e estratégias de geração de energia com tecnologia eficiente para reduzir desperdícios e obter maior controle quanto ao consumo.

Atualização na estrutura do setor energético brasileiro

Antes da corrida eleitoral em 2018, os empresários da indústria energética já se articulavam para pontuar as principais demandas e expectativas do setor nos próximos anos,  independente do viés político do novo presidente. A reestruturação do setor elétrico, principalmente quanto a questão comercial, é uma destas emendas.

Segundo os empresários, é necessário que haja mudanças quanto à estrutura atual na produção, transmissão e consumo de energia elétrica no Brasil dado o aumento no consumo. Além disso, é preciso fazer um planejamento de como utilizar os recursos renováveis observando a demanda de oferta e procura.

Com a abertura de mercado, ainda segundo os gestores, existe a possibilidade de grandes investimentos em expansão de usinas hidrelétricas e termelétricas pelo país, melhorando assim a oferta de energia local.

Abertura de linhas de crédito para financiamento na geração de energia

Nos próximos anos, será cada vez mais fácil o consumidor ter seu próprio sistema de geração de energia graças à criação de linhas de abertura para seu financiamento, seja para fins comercial ou residencial. A partir disso, a demanda por produtos específicos tende a aumentar, gerando autonomia energética para diferentes esferas, minimizando a dependência de políticas externas para continuar suas operações.

Digitalização

Novas tecnologias serão implementadas para aprimorar o controle e a transmissão de energia no país no futuro, principalmente quanto à utilização de recursos renováveis, como o controle do gás e biocombustível. Esse novo sistema poderá ser adquirido tanto por empresas quanto por consumidores comuns.

Para conseguir acompanhar essas e outras tendências previstas para o setor energético, os profissionais da área precisam se atualizar constantemente sobre o que há de novidade no mercado, que vem crescendo cada vez mais no país graças às inúmeras possibilidades de atuação. Para saber mais sobre o assunto, leia agora mesmo nosso artigo sobre o que um engenheiro eletricista pode fazer!

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